10.5.08

Justiça Maquiavélica

Passeava muito bem nas ruas de Lisboa quando dou de caras com uma acção já tão comum que é considerada o pão-nosso-de-cada-dia de quem quer que se encontre por Lisboa:
Multas de estacionamento.

Os senhores agentes da PSP, coitados, faziam apenas o seu serviço. Duma eficácia tal que, nos 5 minutos em que tive o prazer de os ver, em justa acção pois claro, tendo sempre em conta a rectidão e Segurança Pública, multaram todos - e não eram poucos -os carros estacionados em sentido contrário na rua em questão.
Bem, talvez esteja a exagerar... Todos, todos também não... Todos menos um exemplar perfeito desta espécie que, belive it or not, estava mais mal estacionado que todos os outros juntos e, efectivamente, impedia o trânsito de fluir ouvindo-se já buzinas ao fundo e tudo. Mesmo assim os senhores agentes da autoridade fazendo ouvidos moucos, continuaram impávidos e serenos na sua cruzada, tal limpeza étnica, daqueles que, coitados, vítimas da correria urbana, não têm tempo de estacionar como deve ser ou, pelo menos, não têm a sorte de serem agentes da autoridade, logo, imunes a essa palavra que tão prolíficamente gostam de nos impingir, em forma de tickets no pára-brisas que uma pessoa pensa ser publicidade do professor Bambo mas que afinal nem serve para ajudar a resolver problemas de Amor, Sorte, Saúde - quanto mais problemas de Dinheiro...; Ou deverei ainda referir as cartas-surpresa a meio do mês que num acto duplamente digno de Big Brother, a medíunidade das forças de segurança pública se revela através do contacto com o espírito de uma nossa tia falecida que nos está a assombrar há anos por termos, na calada da noite experimentado o seu vestido de noiva e, numa noite de Solstício, lhes sussurrou que estacionamos o carro mal no sitio X, à hora Y, ao minuto Z, quando Marte estava a entrar em Carneiro, numa oposição com Saturno na 8ª casa, depois de termos quase entrado em paranóia não podendo estacionar por não haver lugar sem tempo sequer para poder procurar a civilização perdida da Atlântida, lugar vago no estacionamento à hora de ponta.
Toda essa clarividência extrema revelada em forma postal CTT que, numa situação normal nos faria exclamar "WTF?", faz-nos agora arregalar os olhos e, à medida que contamos o número de dígitos que antecedem o símbolo críptico (€), para a maioria da população desconhecido, vemos o dropkick da Justiça, tal Marco do BB a dar-nos uma cacetada nas nossas finanças que, tal como a Sónia, já não estava a regular muito bem mas que agora então acabou de beijar o chão.

Oh my...

7.1.08

"Moralidade e Comportamento Sexual" por José Maria Martins, padroeiro dos pedófilos

Encontrei através do SecretSoul esta pérola da mais pura verdade.
Tão pura, íntegra e honesta que nem merece citação.
Devo dizer que tanto ao ler o dito texto como os comentários-escrituras, dificilmente pude conter a lágrima de emoção pela maravilhosa descoberta científica:
Um exemplo vivo de como a Natureza conseguiu preservar o passado em perfeitas condições de adaptação ao mundo actual. Uma comunidade viva de Neandertais que, num acto de divino mimetismo aprenderam com o Homo Sapiens Sapiens a comportar-se como ele, vestir-se como ele, produzir ditongos, juntar palavras e até, imagine-se só, a usar a Internet!
Permanecem alguns problemas de comportamento anti-social e, no que toca à construção de um discurso inteligível que não se assemelhe a urros primitivos com palavras caras.
Os cientistas mantêm a esperança acesa de um dia descobrirem que, depois de décadas com milhares de estudos realizados sobre o assunto, afinal o Sr. "Dr." José Maria Martins estava correcto e homossexualidade é, de facto, uma "doença" e uma "moda", podendo assim ser utilizada para infectar os ditos Neandertais, impedindo-os psicológica e legalmente de:
garantir a segurança económica e financeira d@ parceir@ após a morte
beijar em público sem temer pela vida
pedir um empréstimo ao banco em conjunto
adoptar uma criança necessitada
casar com quem se ama
entre outras.

Mas agora que penso e por mais vontade que me dê do contrário, acho que isso seria mal feito. Afinal, "não contribui para financiar a Segurança Social"...

Se não sabem de quem se trata, este enviado de Deus para a transmissão da verdade foi/é o advogado do Bibi aí ficam todos os 35 segundos de fama que este gajo merece:


12.11.07

Aussie Comedy - Chaser's War on Everything

CUIDADO!!! RISCO ELEVADO DE FICAREM VICIADOS!!!

Chaser's War on The Secret



Chaser's War on Terrorist Security Response


Chaser's War on Everything - The Ad Road Test: Ford Focus


"The Chaser's War on Everything is a satirical television comedy series broadcast on ABC TV in Australia. The series is produced by the Australian satire group The Chaser consisting of Chris Taylor, Julian Morrow, Craig Reucassel, Andrew Hansen and Chas Licciardello. Fellow Chaser members Dominic Knight and Charles Firth are not part of the regular on-screen cast. Knight is however a writer for the show, and Firth did roving reports for the show from the United States, until he left the group to start his own satirical newspaper in mid-2007."
wikipedia.com

Se não conhecem comédia australiana, não sabem o que estão a perder!
Uma das minhas séries de comédia favoritas. Não percam.

23.9.07

Nota de Descontentamento


Caro Sr. Diogo Infante.
Venho por este meio expressar o meu profundo pesar e descontentamento pelo aparente sucesso da peça de V. Exa. no Teatro Maria Matos.
Hoje, Domingo, dia 23 (Vinte e Três) de Setembro de 2007 (Dois Mil e Sete) fiz-me acompanhar de dois amigos para ver a peça de V. Exa. que teria exibição ás 17h00 (Dezassete) no dito teatro que V. Exa tão Artisticamente Dirige.
Qual não foi o meu espanto quando, no meu comportamento tipicamente português, sem bilhete ou marcação prévia, me dirigi à bilheteira 20 (Vinte) minutos antes do inicio do espectáculo, e me deparei com uma multidão de gente e um fofo sinal escrito certamente também em Arial, dizendo:

Lotação Esgotada

Entre o desespero consumista de ter dinheiro extra nos bolsos e a aterradora visão de nos vermos sem nada para fazer durante o resto da tarde, decidimos então sair do meio da multidão e rumarmos em direcção à luz ambiente de um agradável Sol de Outono para podermos assim ponderar as nossas opções.

Como melgas tontas, encadeadas pelas luzes cegas do cinema e armados pela tola convicção de que ver cinema ainda vale a pena, decidimos caminhar uma dúzia de passos até à concorrência desleal do Cinema King Triplex.
Lá chegados, deparamos-nos com os 3 (três) cartazes dos 3 (três) diferentes filmes em exibição.
Não estando in the mood para mais influências anglo-saxónicas do que aquelas que encontramos tão comummente no nosso dia-a-dia, excluímos pela base da discriminação no nome, um tal filme chamado "Mysterious Skin".
Entre os que sobraram restava "O Capacete Dourado" e "O Sabor da Melancia".
Depois da profunda cicatriz emocional no teatro de V. Exa. decidimos considerar Jorge Cramez como "persona non grata" no nosso circulo de influências por este dia. Para nós, o sucesso da peça de V. Exa. era claro sinal que a Arte Portuguesa estava de óptima saúde e não necessitava assim do nosso contributo monetário.

Lançando um último olhar ao cartaz do feliz contemplado para os nossos 13 (treze) euros reparámos numa rapariga de pernas bem abertas com metade de uma melancia estratégica e pudicamente - pensávamos nós - lá colocada.
A nossa mente racional logo nos disse que tal não cheirava bem - tal referindo-se à ideia de ir ver o filme e não à melancia ou ao objecto não identificado escondido por detrás desta.
Lá tentámos contradizer a nossa intuição com o Urso de Prata de Berlim que o filme recebeu e com as altas classificações dos Ursos dos Críticos do Expresso cujos vagos e cabalísticos comentários nos deixam exactamente onde começámos - sem saber absolutamente nada daquilo que queremos ir ver.

Bem sentados e refastelados nos nossos lugares, lá nos preparamos para a curta-metragem "China, China" que seria então a cereja no topo do bolo. Pelos vistos também o João Pedro Rodrigues estava metido nisto tudo, pois o filme deste foi rapidamente delicioso, contrastando claramente e em todos os aspectos (menos o ar oriental das personagens) com a longa-longa-dolorosa-metragem que lhe seguiu.
Desde a primeira cena do filme até ao momento em que 50% dos espectadores decidiram seguir o maior visionário da sala seguindo-lhe até à saída da sala, que eu tentei usar toda a minha capacidade mental para encontrar graça em num filme pornográfico sem genitais, com um fetiche melanciofilico e um argumento pseudo-intelectual claramente ultrapassável por qualquer uma das histórias da "Gina".
Infelizmente um dos meus amigos deixou cair o telemóvel para baixo da cadeira da vizinha do lado. Devido ao embaraço colectivo que se fazia sentir por toda a sala e temendo pela sua saúde e reputação pública, decidiu estóicamente resistir à tentação de jogar a mão debaixo da cadeira e agitá-la como se não houvesse amanhã.
Nós fizemos também grande e demorado esforço para não sair a correr da sala e deixar o nosso amigo só e vulnerável ao fogo inimigo de uma película totalmente carnal em widescreen e som surround.
Quando o filme lá terminou, pensei eu que tinha também terminado toda a minha agonia.
Assim que me levantei, no mesmo instante em que subiram os créditos, desceram as minhas calças ao chão, puxadas rapidamente pela gravidade e pelo meu incomum - e propício a embaraços - costume de desapertar o botão das calças antes de me sentar, para poder estar mais à vontade.
Escusado será dizer que os olhares dos restantes espectadores se viraram e arregalaram como nunca havia visto antes na minha vida. Devo também dizer que a minha escolha de underwear não foi também a mais propícia a este momento fora do tempo em si. Não sei porquê aqueles cupidos e corações tiveram o dom de atrair mais atenções do que as que eu alguma vez desejara.
Não sei como me safei dessa mas só sei que foi muito, muito rápido.
Por tudo isso e por me ter feito passar uma das maiores vergonhas da minha vida, gostaria que V. Exa. soubesse que vos considero, a si e a toda a equipa responsável pelo sucesso de produção da peça, moralmente responsáveis pelo atentado de 09/23 que para sempre marcará a minha vida.

Mário, Lisboa 23/09/07

21.9.07

Viagem ao plano tecnológico - 10 anos depois

pf konjuge 1 verbu nu prxnt d indikativu. rxp p msn, sms ou email.
bjkx kidux alunux. brb Murangux com axucar XII!

Eu lolo
Tu lolax
Ele lola
Nox lolamox
Vox lolais
Elex lolam