3.1.08

Onde há fumo... há chuva

Quinta Feira, 3 de Janeiro de 2008

Hoje, entrei no Centro Comercial Colombo e, pela primeira vez senti na pele toda a liberdade que o mundo indoors pós 01/01/08 tinha para me oferecer.
Nesse momento divino, nesse instante inspirado, inspirei.
Inspirei bem fundo o ar fresco a McDonalds, Fnac e Zara e senti-me no Céu.
O pior deu-se quando dez segundos depois, a agorafobia dos saldos pós natalícios começou a fazer efeito e num salto de fé, tentei desesperadamente sair deste Céu na Terra. Ao fundo e em todas as saídas avistei uma nuvem de preto cinza que se aninhava como um leão na savana espera pacientemente pela sua presa.
E não, não estou a falar das terríveis condições metrológicas destes últimos dias...

estava escuro e chovia
mas mesmo assim o fumo negro surgia
de todas as sombras da chuva abrigada
vultos desconhecidos se descobriam
pelo silêncio que causavam
àqueles que passavam e
na escuridão com um olhar
de branco amarelado se encontravam
que com pérfido prazer sugavam
e criavam
do breu a luz
o fogo
expiravam suavemente
olhavam então
o fumo do dragão

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